1978
As filmagens de Just a gigolo
Em fevereiro, uma vez concluídas as filmagens de Just a Gigolo/História de um Gigolo, Bowie passou alguns dias no Quénia com o seu filho antes de arrancar com os ensaios da sua tournée mundial. Just a Gigolo (ou Schöner Gigolo, armer Gigolo, já que o filme de David Hemmings foi uma produção alemã) teve a sua antestreia em Berlim, a 16 de novembro, tendo enfrentado críticas muito negativas e sido, subsequentemente, retirado dos cinemas antes de poder ser visto pelo público. O filme foi montado de novo para a apresentação no Reino Unido e estreou-se em Leicester Square, a 14 de fevereiro do ano seguinte, com Bowie usando um quimono, tendo a receção da crítica sido, uma vez mais, fortemente negativa. Em 1980, Bowie revelou ao New Musical Express: “Toda a gente envolvida no filme – quando agora se encontram, olham para o outro lado… Ouve, ficaste desapontado e nem sequer participaste. Imagina como nós nos sentimos…” Mas tais sentimentos não impediram a NME de nomear Bowie como Melhor Voz Masculina pelo segundo ano consecutivo.
A 29 de março, depois de uma conferência de imprensa no Dorchester Hotel, em Londres, Bowie embarcou na 1978 World Tour que arrancou na Sports Arena, em San Diego, e prosseguiu nos Estados Unidos, Canadá, Alemanha, França, Dinamarca, Suécia, Noruega, Holanda, Bélgica e Reino Unido até 1 de julho. A segunda parte da tournée, oficialmente denominada The Oz Tour, visitou a Austrália, no que foram as primeiras atuações de Bowie no país, a Nova Zelândia e o Japão, entre 5 de novembro e 12 de dezembro. A tournée ficou igualmente conhecida como Isolar II, The Low/Heroes World Tour e The Stage Tour. De acordo com elementos da banda, todos os espetáculos eram gravados a pedido de Bowie e cuidadosamente guardados por Carlos Alomar. As atuações no Civic Center de Providence, no Boston Garden e no Philadelphia Spectrum foram gravadas, tendo resultado no segundo álbum ao vivo de Bowie, Stage, publicado a 8 de setembro.
A primeira apresentação em palco do tema Sound and Vision, uma decisão de último instante para o encore, na Earls Court (1 de agosto, a última de três noites nesse palco) foi igualmente gravada e publicada na compilação de 1995 RarestOneBowie. Os três espetáculos foram capturados para a tela por David Hemmings num filme que ainda não viu a luz do dia. O concerto no NKH Hall, em Tóquio (12 de dezembro), foi filmado e difundido no The Young Music Show, da TV japonesa. Finalmente, a 10 de abril, no Dallas Convention Centre, seis temas foram filmados e difundidos pela US TV com o nome David Bowie on Stage. David Buckley, biógrafo de David Bowie, recorda os concertos da Isolar II, ao afirmar: “Foi a primeira tournée em cinco anos em que provavelmente Bowie não se tinha anestesiado com quantidades copiosas de cocaína antes de subir aos palcos (…) Sem o esquecimento que as drogas lhe tinham trazido, estava finalmente num estado mental suficientemente saudável para querer fazer amigos”.
Numa nota mais clássica, David Bowie with Eugene Ormandy and the Philadelphia Orchestra foi lançado, em maio, nos Estados Unidos. No lado um, David Bowie narrava Pedro e o Lobo, de Prokofiev, enquanto o lado dois apresentava Young Person’s Guide to the Orchestra, de Benjamin Britten.
Uma curiosidade final: a 22 de novembro, com Bowie a atuar na Austrália, Russ Hinze, então ministro do governo local de Brisbane, terá afirmado: “Estes cantores pop chegam cá para ganhar um dinheiro fácil a perturbar a nossa paz e a nossa tranquilidade. O facto de ele ser um “bife” também não seria nada que ajudasse”.
A 29 de março, depois de uma conferência de imprensa no Dorchester Hotel, em Londres, Bowie embarcou na 1978 World Tour que arrancou na Sports Arena, em San Diego, e prosseguiu nos Estados Unidos, Canadá, Alemanha, França, Dinamarca, Suécia, Noruega, Holanda, Bélgica e Reino Unido até 1 de julho. A segunda parte da tournée, oficialmente denominada The Oz Tour, visitou a Austrália, no que foram as primeiras atuações de Bowie no país, a Nova Zelândia e o Japão, entre 5 de novembro e 12 de dezembro. A tournée ficou igualmente conhecida como Isolar II, The Low/Heroes World Tour e The Stage Tour. De acordo com elementos da banda, todos os espetáculos eram gravados a pedido de Bowie e cuidadosamente guardados por Carlos Alomar. As atuações no Civic Center de Providence, no Boston Garden e no Philadelphia Spectrum foram gravadas, tendo resultado no segundo álbum ao vivo de Bowie, Stage, publicado a 8 de setembro.
A primeira apresentação em palco do tema Sound and Vision, uma decisão de último instante para o encore, na Earls Court (1 de agosto, a última de três noites nesse palco) foi igualmente gravada e publicada na compilação de 1995 RarestOneBowie. Os três espetáculos foram capturados para a tela por David Hemmings num filme que ainda não viu a luz do dia. O concerto no NKH Hall, em Tóquio (12 de dezembro), foi filmado e difundido no The Young Music Show, da TV japonesa. Finalmente, a 10 de abril, no Dallas Convention Centre, seis temas foram filmados e difundidos pela US TV com o nome David Bowie on Stage. David Buckley, biógrafo de David Bowie, recorda os concertos da Isolar II, ao afirmar: “Foi a primeira tournée em cinco anos em que provavelmente Bowie não se tinha anestesiado com quantidades copiosas de cocaína antes de subir aos palcos (…) Sem o esquecimento que as drogas lhe tinham trazido, estava finalmente num estado mental suficientemente saudável para querer fazer amigos”.
Numa nota mais clássica, David Bowie with Eugene Ormandy and the Philadelphia Orchestra foi lançado, em maio, nos Estados Unidos. No lado um, David Bowie narrava Pedro e o Lobo, de Prokofiev, enquanto o lado dois apresentava Young Person’s Guide to the Orchestra, de Benjamin Britten.
Uma curiosidade final: a 22 de novembro, com Bowie a atuar na Austrália, Russ Hinze, então ministro do governo local de Brisbane, terá afirmado: “Estes cantores pop chegam cá para ganhar um dinheiro fácil a perturbar a nossa paz e a nossa tranquilidade. O facto de ele ser um “bife” também não seria nada que ajudasse”.
A narração de Pedro e o lobo