1987
Never Let me Down: um epílogo para a travessia do deserto
Gravado nos Mountain Studios, em Montreux, de meados de 1986 ao início de 1987, e produzido por Bowie e David Richards, Never Let Me Down, o último álbum do género, foi lançado pela EMI America a 27 de abril. As vendas iniciais foram encorajadoras mas caíram rapidamente em reação a algumas críticas negativas. A Rolling Stone chamou-lhe “descentrado (…) o álbum mais ruidoso e desajeitado de Bowie (…) Never Let Me Down também é bastante dado à confusão”. Na altura, Bowie afirmou que se tratava de “um dos melhores álbuns que fiz”. No entanto, mudou de ideias e agiu em concordância ao alterar radicalmente o seu rumo musical posterior. Como referiu, um ano mais tarde: “Never Let Me Down tinha boas canções que maltratei. Não me apliquei realmente. Não tinha a certeza do que devia fazer. Quem me dera ter tido alguém por perto que mo tivesse dito”. O público lembrar-se-á do tema principal, Never Let Me Down, e de Day-In Day-Out. Provavelmente, não mais.
Peter Frampton, um velho amigo dos tempos de escola, foi convidado para tocar a guitarra no álbum, assim como na tournée que se lhe seguiu, uma das tournés mais dispendiosas de sempre. A Glass Spider Tour arrancou a 30 de maio, depois de um conjunto de espetáculos para a imprensa em diferentes países e de dez ensaios, e continuou na Holanda, Bélgica, Alemanha, Itália, Reino Unido, Suécia, França, Áustria, Espanha, Irlanda, Estados Unidos, Canadá Austrália e Nova Zelândia. Apesar de algumas das reações da crítica, a tournée, que incluía enormes adereços e um grupo de dançarinos, foi um sucesso comercial com a presença de cerca de seis milhões de pessoas nos espetáculos. Patrocinada pela Pepsi, a atuação incluía partes faladas e uma gigantesca aranha com 18.3 metros de altura que, segundo uma entrevista que Bowie concedeu à Q, terá sido queimada depois do fim da tournée, em Auckland: “Colocámos a coisa num campo e pegámos-lhe fogo. Foi um enorme alívio!” Houve também quem afirmasse que teria sido enterrada num buraco, algures no aeroporto de Auckland. No entanto, de acordo com uma investigação realizada por Alice Vincent para The Telegraph, um morador de Auckland, o antigo roadie Peter Grumley, garantiu ter comprado a maioria dos materiais de palco, vendido uma parte e guardar ainda outra parte no seu armazém.
Peter Frampton, um velho amigo dos tempos de escola, foi convidado para tocar a guitarra no álbum, assim como na tournée que se lhe seguiu, uma das tournés mais dispendiosas de sempre. A Glass Spider Tour arrancou a 30 de maio, depois de um conjunto de espetáculos para a imprensa em diferentes países e de dez ensaios, e continuou na Holanda, Bélgica, Alemanha, Itália, Reino Unido, Suécia, França, Áustria, Espanha, Irlanda, Estados Unidos, Canadá Austrália e Nova Zelândia. Apesar de algumas das reações da crítica, a tournée, que incluía enormes adereços e um grupo de dançarinos, foi um sucesso comercial com a presença de cerca de seis milhões de pessoas nos espetáculos. Patrocinada pela Pepsi, a atuação incluía partes faladas e uma gigantesca aranha com 18.3 metros de altura que, segundo uma entrevista que Bowie concedeu à Q, terá sido queimada depois do fim da tournée, em Auckland: “Colocámos a coisa num campo e pegámos-lhe fogo. Foi um enorme alívio!” Houve também quem afirmasse que teria sido enterrada num buraco, algures no aeroporto de Auckland. No entanto, de acordo com uma investigação realizada por Alice Vincent para The Telegraph, um morador de Auckland, o antigo roadie Peter Grumley, garantiu ter comprado a maioria dos materiais de palco, vendido uma parte e guardar ainda outra parte no seu armazém.